"Ainda acha que a crítica musical em Portugal é uma merda?Sim. Será por isso que a crítica é tão unânime em relação aos Xutos? N tem outra hipótese." ZéPedro

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A crítica não poderá ser condescendente para sempre....

Xutos & Pontapés no Casino do Estoril: Dados pouco viciados
Davide Pinheiro

Ao contrário do que seria expectável, as novas canções dos Xutos & Pontapés não ganham novo fôlego em palco, apesar do desconto que é necessário atribuir a uma estreia.

Há poucos concertos dos Xutos & Pontapés em que os clássicos são relegados para o banco de suplentes. Logo aí, a visita ao Casino do Estoril foi diferente das outras. Num palco propício ao jogo, os dados não foram viciados no sentido em que as canções do novo álbum não produzem um efeito diferente ao vivo.

É verdade que esta é a pré-temporada de um novo álbum pouco inspirado à luz da matriz dos Xutos & Pontapés. Provavelmente, com o decorrer da época (leia-se digressão), temas como «Classe de 79», «Sensação» ou «Tetris Anónimos» poderão ser essenciais na espinha dorsal da equipa.

Contudo, há um reforço que já se anuncia de peso no plantel. A socrática«Sem Eira Nem Beira» é, desde já, um clássico. Não há fã dos Xutos que não saiba a letra de cor e até Pacman (convidado no pouco inteligível «Sangue da Cidade») se juntou aos coros.

A máquina ainda não está suficientemente oleada mas esse é um mal necessário de quem traz trinta anos de canções no currículo. Apesar do esforço de Kalu (um guerreiro de muletas atrás da bateria), os Xutos estão perigosamente próximos de muitos dos seus grupos seguidores. E não é isso que se espera do XP.


in Disco Digital

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