"Ainda acha que a crítica musical em Portugal é uma merda?Sim. Será por isso que a crítica é tão unânime em relação aos Xutos? N tem outra hipótese." ZéPedro

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A apropriação da identidade lusitana ou a perpetuação pelos velhos e novos do (e presentes no) Restelo


A recente volta do Sr. Osvaldo até à Africa do Sul montado numa AJP Xutos não passa de uma aventura-publicity stunt. Muito bem para ele e para a AJP que arranja mais exposição para a moto e eventualmente negócio para todos. Parece-me digna de registo a forma deliberada como os Xutos instrumentalizaram a sua valiosa marca para, de novo, promover o branding de um produto banal. Resulta, tem valor acrescentado, porque existem centenas e centenas de rotos dispostos a andar na rua numa moto Xutos. Toda a gente ganha um pedaço da acção que isso irá gerar e até os Xutos, “após duras negociações com a AJP” terão o seu quinhão. 




Mais do que esta constatação do óbvio parece-me pertinente denunciar através do exemplo do Sr. Osvaldo a quantidade de promiscuidades existentes entre os Xutos (Tim e Calú são ambos motards e frequentadores de concentrações motard), o Sr. Osvaldo (do motoclube do Porto) e da AJP ao se apropriarem do sentimento lusitano para promover e fazer negócio. Ao que parece, um orgulhoso Zé Pedro (vide link) irá entregar uma bandeira de Portugal (de uma forma simbólica) ao Sr. Osvaldo que assumirá o papel de estafeta entregando-a à Selecção Nacional no seu quartel-geral na África do Sul. 

As referências subliminares ao “ser português” estão por todo o lado nesta entrevista e em todas que os envolvidos dão sobre a matéria. 

É por estas e por outras que todos associamos Xutos a Portugal, quase sendo requisito para se ser português gostar-se de Xutos. Nada mais longe da verdade…

Esta construção artificialmente nutrida por parte dos Xutos é mais uma das desonestidades intelectuais e emocionais que estes instrumentalizam junto dos seus fãs. A batida gasta de uma banda que é a única no mundo a recorrer (mal diga-se) a sonoridades dos anos 70, a um pseudo-punk pastilha elástica gasto e espremido até ao tutano está presa por um fio…os seus sucessos de há 25 anos não podem suster uma carreira por muito mais tempo. Noutro país, dito normal, já teriam sido enterrados há muito mas como dizem…o que tem sucesso em Portugal é perpetuado pelos velhos e novos do (e presentes no) Restelo..



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Uma mota para os Xutos (Repost)

Devido ao elevado número de comentários acerca da indumentária Xutista, queremos tornar os vossos argumentos um pouco menos demagógicos e dar algum significado a todo aquele disfarce. Por isso vamos deixar para vossa apreciação a mota ideal para o Tim.




A sempre fiável Famel XF-17 Zundapp.

Com formas generosas e de uma robustez capaz de carregar o maior dos pesos mortos, a Famel XF-17 Zundapp impôs-se no mercado pela sua capacidade de fazer zumbir os melhores dos ouvidos. Será de grande utilidade caso o Tim se lembre de cantar pelo caminho. Se mosca não entrar, a Famel abafa.


A versátil Vespa PX 125

Este motociclo fica bem em qualquer lugar. Um símbolo do esteticismo e modernidade em que os Xutos sempre se reviram fazendo um bonito pandan com o lenço ao pescoço....Sublime!!! Esta dois tempos anda à velocidade da carreira a solo do seu putativo proprietário: Parada e a marcha-a-ré.


Vote, exerça o seu dever cívico de desgostar dos Xutos e Pontapés.


(Venceu "Ele que ande a pé")