"Ainda acha que a crítica musical em Portugal é uma merda?Sim. Será por isso que a crítica é tão unânime em relação aos Xutos? N tem outra hipótese." ZéPedro

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Da inveja (Repost)

É recorrente nos comentários dos nossos visitantes serem deixados um chorrilho de diferentes dizeres pouco ortodoxos nunca se esquecendo, no entanto, de proclamar a nossa inveja para com os Xutos & Pontapés.

Meus amigos, invejar é "pretender ser como", "querer igualar e não conseguir". Vocês acham mesmo que queríamos ser como o João Cabeleira? Como o Tim? Quer dizer, nós odiamos essa gente... mas queríamos era ser como eles. Muito lógico.

Por outro lado presumem que somos (ou gostaríamos de ser, whatEver) músicos. Oh pa... não é preciso (querer) ser músico para se detestar Xutos, basta ter-se amor à audição e à visão! E um bocadinho de bom gosto (a sério que não é preciso muito, conheço grandes bestas que detestam Xutos).

De certo modo dizerem que invejamos os Xutos só porque deles não gostamos e fazemos questão de o expressar publicamente (dando assim voz a tantos milhares de portugueses) não passa de uma piada a que nunca conseguimos deixar de achar graça. Com ela têm, aliás, mesmo muita piada. Obrigado. Invejamo-vos por isso...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A barbela (Repost)



Conhecem mais algum vocalista de banda rock que tenha barbela?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A saga dos Power Rangers (Repost)


Se existe algum grupo de argumentistas que mereçam um emmy são os senhores dos Power Rangers.


Todos nós mid twentys nos recordamos da infindável saga dos senhores e senhoras de capacete em que todos os episódios lá vinha mais uma carrinha cheia de lamas para dar porrada, seguido de um miniboss que eventualmente leva na na boca com uma arma especial qualquer. Não satisfeito lá vinha uma macumba qualquer e o miniboss ficava gigante com um pretensioso efeito de câmara a filmar a partir de baixo.

Transmorfar, chamem os pópós e o robôt gigante lá acabavam por sovar o prevaricador.

Isto durante 900 episódios. É obra!!

Sound familiar?



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tim: entre a loucura e a danação (Repost)

"Quando comecei a tocar ser músico profissional não era opção. Era assim como que uma loucura, um sacrifício, um prebistério, a danação, a pobreza crónica, a noite..."
Tim


E continua a ser a danação Tim, mas agora para todas as pessoas que conseguem distinguir Led Zeppelin de Zé Cabra e te têm que gramar na Rádio!

sábado, 7 de novembro de 2009

Fundamentalismo Xutista (Repost)

Para fins promocionais foi publicado o post "O casaco e o lenço" no site da revista Blitz.

Tal como esperado, lá veio uma enxurrada fundamentalista como escudeiros da verdade de que os XPs é a melhor coisa do mundo e quem afirme o contrário ou está enganado ou é ofendido.

Claro que não podemos generalizar e associar cada um dos fãs a esse fundamentalismo (e pondo de parte os utilizadores dos impropérios que não tem honestidade intelectual para admitir o quer que seja), existem admiradores que admitem a crítica e até encaram este blog com a leveza que merece. Tal como nós acrescente-se.

Concordando com o comentário "não gostas, deixa à beira do prato", acrescento que a liberdade de expressão é igual para os prós e os contras não havendo qualquer vantagem moral em qualquer dos partidos. Quando vou a um restaurante e não gosto da refeição gosto de desaconselhar as pessoas para evitar a estes igual dissabor.

Este Blog procura reequilibrar as forças no facciosismo de apoio aos XPs, cego a qualquer apreciação crítica de que o tempo deles já foi. Estamos absolutamente fartos de ser vítimas colaterais de uma verdadeira imposição de gosto. Esta é a resposta proporcional.

A quantidade de vezes em que o novo Single do último álbum nos foi imposto (rádio e tv) fez dar por mim a cantarolar o refrão mais que uma vez , sendo ainda mais ridículo o facto de detestar a sua musicalidade (se é que lhe posso chamar isso) . Ou seja, quem gosta adora, quem não gosta tem de mamar.

Por isso se o prato é enorme , canso-me de levar o que não gosto à borda.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Os nomes monossilábicos (Repost)

"Kalú, Gui,Tim, nomes de estrelas internacionais de rock...". Podia começar assim um livro. Não deixava era de ser um livro estúpido e cómico. Os nomes dos protagonistas que compõem os Xutos não podia estar mais à altura da criatividade das suas letras e músicas: um simples monossílabo. De facto um monossílabo está para um nome de pessoa como merda de cavalo para caviar de la croix russe.

No fundo não passa de um grunhido. Está lá Tim ou Gui mas poderia estar "Pfff", "Grrr" ou "Óiinc". Mas tentem lá pegar nestes três nomes e dizê-los de seguida e rapidamente. Eu ajudo:
Kalú Gui Tim ... Kalú Gui Tim ... Kalú Gui Tim!

Agora digam lá: parece ou não parece uma dança índia da chuva (dissolvente)?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O casaco e o lenço (Repost)

Sejamos honestos, a imagem dos XPs dá uma boa pista do que lá vem a seguir. Jaqueta de ganga preta e um lenço no pé do microfone, o Calú (recuso-me a usar um K) a queixar-se da vida dele e lá vamos nós para mais uma noitada de atentados acústicos e lugares comuns onde ninguém se parece cansar de ir.

Se por um lado tivemos um conjunto de quarentonas em negação para evitar o provável vazio no coração provocado pela queda do Tony Plagiador, no caso dos XPs temos um conjunto de quarentões cuja aberração musical apraz uma histeria colectiva em torno de um conjunto de tipos que não se souberam reinventar, que tocam a mesma sonoridade há muito enterrada pelos seus precursores e que agora , pasme-se, se transformou numa banda de intervenção.

Parece difícil de entender. Mas não é.

Em Portugal, tendencialmente o que é aclamado como sucesso e, na falta de alternativa, parece prolongar-se muito para além do admissível. Inocente não será o facto de que fora do nosso país nunca terem tido qualquer tipo de impacto, nem antes nem agora. Se o argumento é a língua no Brasil ninguém ligou até hoje. Chegou-se ao ponto do ridículo de que gostar de XPs faz parte da identidade portuguesa. Em qualquer lugar do mundo se não te reinventas ou não apresentas algo de novo morres. Em Portugal, dêem-nos os XPs que temos logo casa cheia, registadoras cheias e barris de cerveja vazios. É pela certa disseram-me mais que uma vez.

Uma estrofe estafada do Tim, uma guitarrada do Zé Pedro, uma estrofe, mais uma guitarrada do Zé Pedro e assim vamos nós caminhando pelo reportório. O público grunha os refrões de sempre, cruza os braços em sinal de rendição, X ou porque vêem os outros a fazer o mesmo e devora cada acorde como se fosse a melhor coisa do mundo. Perdoai-os Freddy, Mark e Robert que eles não sabem o que fazem.



Olha um sapo..... Ah não, é o Tim.





segunda-feira, 2 de novembro de 2009

(Parêntesis)

Contrario a minha própria palavra (coisa que nada gosto de fazer) para deixar um post último até ao nosso regresso.

A Blitz decidiu celebrar a música portuguesa pedindo a:

Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta); Álvaro Covões (Everything Is New); Andreia Criner (Everything Is New); Amélia Muge (músico); Ana Cristina Ferrão (radialista); António Cunha (Uguru); António Manuel Ribeiro (UHF); António Sérgio (radialista); Bernardo Sassetti (músico); Camané (fadista); Carla Simões (Universal Music); Carlos Bica (músico); Carlos Seixas (Festival Músicas do Mundo); Cátia Maurício (Sony Music); Clã (músicos); Cláudia Santos (Universal Music); Daniel Bacelar (músico); Edmundo Silva (Sheiks); Flak (Rádio Macau); Francisco Pinto Balsemão (presidente da Impresa); Gimba (Afonsinhos do Condado); Hélder Moutinho (fadista); Henrique Amaro (Antena 3); Isabel Castaño (promotora); Isilda Sanches (radialista); Jaime Pereira (Diamantes Negros); João Carlos Callixto (crítico); João Miguel Tavares (Time Out); Joaquim Paulo (programador); Jorge Manuel Lopes (Time Out); José Almada (músico); José Mariño (Antena 3); José Niza (compositor); Karla Campos (Cool Jazz Festival); Lia Pereira (BLITZ); Luís Guerra (BLITZ); Luís Pinheiro de Almeida (jornalista); Manuel Halpern (Jornal de Letras); Mário Lopes (crítico); Mário Rui Vieira (BLITZ); Miguel Francisco Cadete (BLITZ); Nuno Faria (Afonsinhos do Condado); Paula Freitas (promotora); Paula Homem (Valentim de Carvalho Edições); Paulo Franco (Farol); Paulo Junqueiro (EMI Music Brasil); Paulo Ventura (Metrónomo); Pedro Boucherie Mendes (SIC); Pedro Dias Almeida (Visão); Pedro de Freitas Branco (músico); Pedro Tenreiro (Valentim de Carvalho Edições); Pedro Trigueiro (Universal); Rodrigo Leão (músico); Rodrigo Madeira (BLITZ); Rui Mascarenhas (Optimus); Rui Miguel Abreu (crítico); Rui Pregal da Cunha (Heróis do Mar); Rui Vieira Nery (musicólogo); Sofia Nunes (EMI Music); Toneca (Filarmónica Fraude); Tozé Brito (editor); Vítor Belanciano (Público); Vítor Rua (músico)

que votasse nos melhores álbuns da décadas de 00,90,80,70 e 60s.

Eis o resultado:

OS MELHORES DISCOS PORTUGUESES - ANOS 00

10. Buraka Som Sistema - Black Diamond
9. Clã - Lustro
8. Sam The Kid - Pratica(mente)
7. Mão Morta - Primavera de Destroços
6. Mariza - Fado em Mim
5. Rodrigo Leão - Cinema
4. Sam The Kid - Beats Vol. 1 - Amor
3. Dead Combo - Vol. 1
2. Camané - Esta Coisa da Alma
1. Humanos - Humanos

O quê? O Xutos e Pontapés homónimo não consta? Que raio...deixa lá, nos anos 90 estão de certezinha...

10. Da Weasel - Dou-lhe Com a Alma
9. Belle Chase Hotel - Fossanova
8. Da Weasel - 3º Capítulo
7. Madredeus - O Espírito da Paz
6. GNR - Rock In Rio Douro
5. Ornatos Violeta - Cão!
4. Rui Veloso - Mingos & Os Samurais
3. Ornatos Violeta - O Monstro Precisa de Amigos
2. Mão Morta - Mutantes S. 21
1. PEDRO ABRUNHOSA & OS BANDEMÓNIO - VIAGENS

Ó diacho...não querem ver o raio da comunidade musical portuguesa? Elitistas são o que eles são. Não põem lá os Xutos porque eles nem precisam de lá estar. Isto nos 80 é que vai ser...

10. Pop Dell'Arte - Free Pop
9. José Mário Branco - Ser Solidário
8. Sétima Legião - A Um Deus Desconhecido
7. Xutos & Pontapés - Circo de Feras

Ahhhhh...eu sabia, são os MAIORES.....Sétimos do Mundo....Português...dos anos 80.

E com esta....FUIIII