"Ainda acha que a crítica musical em Portugal é uma merda?Sim. Será por isso que a crítica é tão unânime em relação aos Xutos? N tem outra hipótese." ZéPedro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Adão e Erva



Dei de caras com esta entrevista que remonta ao saudoso ano de 1998 onde Zé Pedro e Tim descrevem, no seu estilo habitual, o delicado e laborioso processo criativo que culminou na banda sonora para o filme Adão e Eva. Uma entrevista ao Público conduzida por alguém cujas iniciais são F e M.






FM – Em que base é que compuseram? Viram o filme já completo? Apenas algumas partes? Não viram?
TIM – Groos modo, contaram-nos a história do filme. Lemos o guião para ver que tipo de história era – uma história da pesada.

Não sei, sinceramente, que quer Tim dizer com Groos modo. Deve ser holandês com sotaque alentejano..um daqueles que vai para lá plantar batatas e enche-se de dinheiro enquanto o tuga o inveja. De notar ainda a qualificação da história do filme (argumento para o resto dos comuns mortais) como algo "da pesada". Tim então concluiu que iria compor música sobre algo "da pesada", como ele.

ZÉ PEDRO - ...a partir daí, com o Joaquim Leitão, que nos foi dando ideias, sugerindo para tema-base algo mais ambientalista. 
Cá está, Zé Pedro na senda das modas...Já em 1998 (imagine-se) os Xutos assumem uma mensagem "verde" para salvar o nosso planeta....qual Al Gore qual carapuça...Zé Pedro é que é. Isso ou o facto de ele não saber o que que dizer ambientalista e/ou quereria dizer que queria compor algo que tivesse a ver com o filme. 

Seja como for, bronco ou não bronco, ele é o maior.

FM – Não tinham uma ideia geral do argumento?
TIM – Era a introdução, o genérico inical, a cena dos “caldos”… Sempre com uma sensação muito frágil, apenas com base em algumas montagens do trabalho em que os diálogos ainda não estão certos.

Nem quero saber o que era a cena dos "caldos". Seja o que fosse dava uma sensação muito frágil, de quê ou porquê ninguém sabe. Resumindo, o Joaquim





Leitão deu-lhes umas filmagens (as mesmas que mandou para o ICA para os subsídios) e disse: Desenmerdem-se.

Merda fizeram, faltou foi o "desen".







FM – A introdução de “Tentação” exibe descaradamente o som dos Pink Floyd…
TIM – [Risos.] Mas isso foi precisamente uma das referências que eu tive sempre presente quando escolhia as sonoridades, fazer algo semelhante ao que eles fizeram em “La Valée”, esse tipo de ambientes. 

Tim sorri com a insinuação de plágio....e admite-a a seguir. Se fosse o Tony já tinham sido criados 20 blogs a denunciá-lo. Finalmente, nova mensagem ambientalista.

FM – Nos quatro temas cantados, as letras são um bocado simplistas, não acham?
TIM – Minimalistas! Não me preocupei muito com isso. As mensagens que eu queria dar eram muito descritivas das personagens e das suas emoções. “A voz do mal”, por exemplo, pretende mostrar a perseguição que o mau faz à rapariga. O “Para Sempre” é sobre o juramento que eles fazem no final do filme.

Incrível, um jornalista que encara o boi pelos cornos. Simplistas? Nããã...Minimalistas. E esboça um esforço para se explicar. Sem sucesso diga-se.

Conclusão. Todas as que já tirámos aqui anteriormente.

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1 comentários:

Pajó disse...
5 de abril de 2010 às 22:24  

Parecem uns trolhas a falar de bola enquanto mascam uns tremoços...

É isto o act mais bem sucedido em Portugal?